Há muitas maneiras de pendurar a bandeira nacional à janela. Uma delas é ouvindo música portuguesa, apoiando a música portuguesa. O Festival Tejo traz a bandeira hasteada desde o ano da graça de 2000. O conceito foi sempre o mesmo, criar os alicerces para um espaço onde os músicos portugueses - consagrados, em ascensão e pouco conhecidos- pudessem partilhar experiências ao mesmo tempo que mostrassem o que de melhor sabem fazer: música. À quinta edição, o Festival Tejo decidiu manter a bandeira nacional hasteada. Mas vamos ao que interessa.
De regresso a Valada do Ribatejo (Cartaxo), num dos mais belos recintos festivaleiros do país, o Festival Tejo voltará a contar, nos próximos dias 23, 24 e 25 de Julho, com algumas das mais aliciantes propostas musicais cá do burgo. A
estrutura está montada, mantêm-se os dois palcos tradicionais e o espaço Artizone,
que contará com actuações noite dentro, repartidas pelos três dias, da dupla Orson &
Welles, VJ Lumiére Advenced e Dubadelic Vibrations. A "bombar" a partir das duas da
manhã e, até prova em contrário, com termo previsto lá para as 4h30m.
Para o Palco Tejo foi pensado um leque de propostas variado nos géneros mas homogéneo na qualidade. Dia 23: dá-se inicio às hostilidades com o hip hop ondulante
dos Dealema (21:30), persegue-se a festa com o rock interventivo dos Yellow W Van
(22:40) e termina-se, da melhor maneira, com a mais consensual banda portuguesa de
todos os tempos - Xutos & Pontapés (00:15). Dia 24: a última surpresa a chegar-nos
de Alcobaça, os Loto, dão o mote às 21:30, para, de seguida, os Mesa (22:40)
voltarem a sublinhar porque são justamente designados por "banda pop do momento em
Portugal", vindo a noite a terminar com os sempre surpreendentes Clã (00:00), em
registo de promoção do novo álbum. Dia 25 será um dia de peso: os Tara Perdida
(21:00) são já uma referência do punk nacional, os Zen (21:50) têm o dom de, em cada
concerto que dão, deixarem os instrumentos a suar, os Ramp (23:00) numa espécie de
homenagem a um género musical tantas vezes diminuido, e, a terminar Mão Morta
(00:30) que trazem álbum novo na bagagem.
Além do Palco Tejo, há ainda o Palco Talentos do Tejo, vocacionado para a divulgação
e promoção de novos projectos, palco que, recorde-se, deu já azo a uma compilação
com algumas das bandas que ali pisaram a plataforma. Este ano enriqueceu-se este
palco com a presença de talentos por demais confirmados. É o caso, por exemplo, dos
Zedisaneonlight (21:00) e dos Plástica (22:10), no dia 23, aos quais se juntarão os
Loosers (23:25). Mas é também o caso dos Hipnótica (22:15), que dividirão, no dia
24, o espaço com os Spelling Nadja (21:00) e os Plaza (23:25). Por fim, é ainda o
caso dos Fonzie (00:00) e dos Three and a Quarter (22:30), introduzidos, no dia 25,
pelos Qwentin (21:30) e pelos Paranoid (20:30).
Tudo se presta, portanto, a mais três dias de "euroforia", sempre com a bola nos pés
da música portuguesa. De referir ainda a possibilidade de, no renovado recinto de
Valada, poder-se participar em vários eventos complementares aos concertos: cinema,
sessões de karaoke, animação de rua, jogos tradicionais, desportos radicais,
workshops. No parque de campismo haverá, a partir das 15h, body painting, danças
africanas, percussão e hip-hop. Numa organização conjunta da produtora Código 365 e
das Câmaras Municipais do Cartaxo e Azambuja, as portas do Festival Tejo abrirão às
20:00 e o preço dos bilhetes oscilará entre os 13 ? (1 dia), ) e 25 ? (3 dias).
Mais informações, no sítio do costume: www.festivaltejo.com
Código 365
tel/fax: 243 908507
Tm:919854356
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