sexta-feira, 31 de agosto de 2012

DMC PORTUGAL









Já ninguém regateia a elevação do Turntablism – ou Giradisquismo, em bom português – à condição de arte.
A profunda concentração, como lhe chamou DJ Premier, de um giradisquista sobre o seu instrumento traduz décadas de uma cultura que o hip hop ergueu em torno do vinil, mas que soube avançar para lá desse género. O DJ, manipulador de sons, sobretudo em vinil, tornou-se um músico por direito próprio e do rock ao jazz, do funk à electrónica, passando, claro, pelo hip hop, são muitos os exemplos de colectivos que não dispensam a arte do Giradisquismo.

Este ano, a cultura dos djs e do Giradisquismo volta a expressar-se na maior battle em solo nacional, o DMC TUGA – CAMPEONATO NACIONAL DJ’s 2012, que terá lugar a 15 de Setembro no Ritz Club, em Lisboa. Com quase três décadas de existência – foi criada em 1983! – a DMC é a maior organização de DJs do mundo. O DMC World DJ Championship realiza-se desde 1985 e no palmarés conta com a descoberta de alguns dos maiores talentos mundiais do gira-discos, como DJ Q Bert, DJ Craze, C2C ou A-Trak. Ser campeão da DMC é por isso mesmo o grande objectivo de carreira para muitos DJs que sonham poder vir a fazer parte do DMC Hall of Fame, um verdadeiro olimpo de lendas que elevaram a arte do scratch e da manipulação de vinil até níveis inimagináveis.

A 15 de Setembro próximo, o DMC Tuga vai escolher o vencedor em três diferentes categorias – Individual, Equipas e Supremacy – que terá depois a missão de defender as cores nacionais nas finais de Londres a 27 e 28 de Setembro que atribuem um prémio superior a 10 mil dólares.

Em 2011, o DMC Tuga decorreu no espaço TMN Ao Vivo e sagrou como vencedores SlimCutz (Individual), Beat Bombers (equipas) e Yoke (Supremacy). SlimCutz e Yoke já asseguraram que defenderão o título em 2012 e DJ Núcleo, vencedor da DJ Jam Battle, já confirmou igualmente que integrará os participantes da edição de 2012.

Tudo pronto, portanto, para a maior batalha do ano, uma daquelas batalhas em que só alguns egos correm o risco de sair magoados e onde o nível artístico é sempre elevado. Foi no Bronx, há mais de três décadas, que Grandwizard Theodore primeiro percebeu que poderia fazer música arrastando vinil por debaixo da agulha do seu gira-discos. Todo este tempo depois, em Portugal, uma nova geração de DJs aponta a Londres e ao futuro e promete elevar, uma vez mais, esta arte.

O futuro começa a 15 de Setembro. No Ritz Club, em Lisboa.

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